Galeria Vermelho tem exposição com Monica Nador, Rodrigo Bueno e Rafael Assef

Logo após o sucesso na Arco em Madrid, a Galeria Vermelho abriu na terça as individuais de Monica Nador, Rodrigo Bueno e Rafael Assef, todos queridos amigos que reuniram mais um monte de gente conhecida.

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Gravura da exposição “Monica Nador e Brodagem” é o elo entre o trabalho da artista e o projeto Paredes Pinturas que ela realiza há 6 anos em bairros da periferia

A Monica Nador tem no JAMAC um dos seus principais projetos. O Jardim Mirian Arte Clube (Jamac), coletivo de artistas que atua no bairro de mesmo nome, na Zona Sul de São Paulo. O Jamac é um misto de espaço de experimentação artística, local de convivência e de debates políticos e culturais. Pode-se apresentá-lo como uma casa na periferia da cidade, uma espécie de ateliê aberto à população local.

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Transformação nas casas do Jardim Miriam (foto: Nino Resende)

Ali jovens e adultos sem saberem nada de artes experimentam na prática o processo de formação das imagens. Isso passa pela escolha de formas, normalmente extraídas do cotidiano, que são transformadas em máscaras vazadas que servem de matriz para pintura em qualquer lugar. Envolve, portanto, o conhecimento das técnicas, do efeito de determinados procedimentos sobre uma superfície e a eleição de cores. Eles participaram na última Bienal de uma forma bem legal. Tinha um ônibus que levava o público para conhecer o trabalho comunitário.

Como ela mesmo diz, não sabe trabalhar sozinha. Nesta exposição, vários jovens colaboram na execução das grandes telas que ocupam o prédio central do complexo Vermelho.

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“Há seis anos dedico todo o meu tempo ao Projeto Paredes Pinturas, um conjunto aberto de pinturas murais feito em bairros pobres das grandes cidades e em cidadezinhas do interior. Atualmente eu não tenho mais apego material em relação aos trabalhos de arte. Faço os projetos para os murais em qualquer lugar, no chão, sobre uma mesa qualquer, em cima do joelho… Agora há pouco, lá no Jamac (Jardim Miriam Arte Clube), fiz um desenho junto com um garoto da comunidade”, revelou a artista para o crítico Rafael Vogt Maia Rosa, que assina o texto da mostra.

No Tijuana, espaço anexo da Galeria, está o trabalho fotógráfico de Rafael Assef, Jogo de Dados. Vários amigos emprestaram suas peles para uma tatuagem em que a forma dos dados é subtraída, sobrando somente os círculos que formam os números. Os dípticos (quando duas obras necessariamente são apresentadas juntas) as fotos são de casais.

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Na trajetória do Rafa, como é conhecido, suas imagens muitas vezes são feitas a partir de desenhos feitos diretamente sobre a pele e nem sempre são tatuagens. Ele já fez incisões que resultam em linhas feitas de sangue, que são impressionantes. A proximidade como ele fotografa outros materiais com facas e tecidos, revelam “desenhos” que não são percebidos a olho nu. Afinal, a fotografia é isso, a revelação de um recorte percebido pelo autor.

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No mirante do anexo, Rodrigo Bueno faz uma instalação com plantas, música, pinturas na parede e sua grande característica, o uso de madeiras usadas como suporte para seu trabalho. Aqui elas interferem de maneira sutil em toda a instalação, como nos espelhos, nome técnico para cada patamar de uma escada, de acesso para o varandão.

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No dia da abertura, ainda ganhei um corte de cabelo da bailarina Thelma Bonavita! No clima mais lá em casa impossível.

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Foto: Paulo Otero para Glamurama

5 Comentários

  1. Amigo!!! Arrazou na QUEM heim?? Parabéns querido!!!
    xx

  2. será q a vermelho tem mailing pra avisar a gente qdo tem abertura de expos?

  3. Arrazamos heim JAMAC!!!
    É isso aí!

  4. […] brasileiros escolhidos estão entre a nova geração, os vários amigos: Maurício Ianês, Rodrigo Bueno, Nicolás Robbio, Carla Zaccagnini. Entre os já estabelecidos, Dora Longo Bahia e Iran do […]

  5. gracias


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