Edição de moda para Gloria Kalil no Fantástico

Pois é, lá vou eu. A Gloria Kalil durante o SPFW me pediu para fazer uma edição sobre homem formal e homem casual para o quadro dela no Fantástico. Ela me chamou por acreditar que eu saberia exatamente a diferença entre os dois tipos de homens. É, o trabalho da Playboy está rendendo frutos!

Na verdade, a diferença não está somente no uso da gravata ou não. Existem algumas regrinhas que vale a pena conhecer. Hoje, pesquisas apontam que a maior dúvida do homem é o que é casual e quais os limites que ele pode usar em ambientes de trabalho, pot exemplo.

Na semana passada passei todos os looks com a editora do Chic e comecei a produzir. Hoje fui em lojas, assessorias para pegas todas as peças e ter opções, porque ainda não fechamos o casting do quadro. Amanhã é a gravação. Claro que sem a Sandra Godoy, minha produtora do coração, não conseguiria fazer tudo isso sozinho. Afe! Camecei às 10h e terminei às 18h! Ainda tenho que arrumar tudo…

Confesso que foi muito bom ter ido em todos os lugares, porque uma coisa é a teoria e outra é a prática. Eu apostava nos ternos de 2 botões, mas descobri que isso representa menos de 20% do que as grandes lojas masculinas vendem, porque o homem brasileiro gosta mesmo é de três botões.

Outra coisa, foi a montagem do look do homem casual. Já podemos chamar de um “clássico” o blazer azul marinho, a camisa com quadriculado miúdo e a calça caqui. Mas também podemos colocar o mesmo blazer, ou outro mais esportivo, com uma camisa xadrez e calça jeans, que isso já é permitido em ambientes de trabalho.

Sobre o casting é o mesmo problema de sempre: os modelos atuais ou são muito novos ou são muito bombados, o que dificulta achar um modelo com cara de homem. Tem também o problema que a maioria já está fotografando catálogos e outras produções. Mas consegui 6 para escolher dois amanhã.

O resultado hoje é esse: casa bem bagunçada com pilhas de roupas!

Matéria na L´Officiel sobre João Pimenta

Na L´Officiel deste mes tem uma matéria minha sobre o João Pimenta.


Foto: Stefan Susemihl

Nascido na mesma Minas Gerais de Francisco Costa e Ronaldo Fraga, João Pimenta desfila há três anos na Casa de Criadores e participou da Semana Internacional de Moda de Madri e na Texworld de Paris. Seu desejo é ampliar os limites do guarda-roupa masculino.  

A moda masculina no Brasil aos poucos dá sinais de mudança. De acordo com o levantamento do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), a produção nacional em 2005 foi de 2.204 milhões de peças. Em 2006, passou para 2.291 milhões e estima um crescimento de 4% para 2007.

Um nome que tem despontado no setor, com coleções elogiadas pela mídia especializada, é João Pimenta. Na entrevista realizada em seu show-room descobri um estilista que é a cara do Brasil: criativo, autodidata e mesmo sendo um sucesso de crítica, não conseguiu ainda transpor todas as suas dificuldades.

Como nosso país, ele busca seu caminho e seu lugar no mundo. Ele é filho direto do Brasil dos contrastes: “Venho de uma família simples, comecei a trabalhar aos sete anos. Nunca estudei moda, aprendi tudo na raça. Já trabalhei até em ateliê de alta-costura”, explica o estilista.

Desde 2003, João busca um caminho autoral através da marca que leva seu nome: “Eu gosto de misturar pobre e rico sempre. A alfaiataria em moletom é isso: hi&lo. Técnica apurada aplicada a um tecido mais simples”.

No desfile de verão 2007, o estilista fez uma homenagem ao Congado e à cultura negra, para o Inverno de 2008, misturou no mesmo caldeirão, artesanato, índios navarros, cultura maori, rock e skate, o que resultou numa coleção de moda de rua na mais pura essência da palavra.

Porém, para a moda masculina chegar nas ruas o caminho é árduo. Homens são mais conservadores do que as mulheres na hora de comprar, mesmo sendo vaidoso. Para o especialista em moda masculina Lula Rodrigues isso está no nosso sangue: “Temos um DNA vaidoso. Lampião, o rei do cangaço e cabra macho acima de qualquer suspeita, adorava perfumes e lenços de seda e não perdia a chance de ter os cabelos devidamente arrumados e gomalinados”.

João Pimenta reflete que as mudanças na moda masculina são feitas aos poucos, porque ao contrário, o homem se assusta: “Procuro evoluir na forma, mas sei que isso acontece aos poucos. As novas informações devem ser dadas em doses homeopáticas. Hoje arrisco com volumes, com formas mais soltas, mas tomo cuidado com as proporções”.

Ele está fazendo sua parte, mas garante que a evolução só vai acontecer quando toda a cadeia estiver comprometida com as mudanças. João Pimenta reclama que a indústria têxtil tem um papel decisivo neste processo e manda um recado: “Os tecidos para moda masculina não fogem de um padrão. Temos tecidos de camisaria que são lisos, listrados, xadrezes. Vez ou outra aparece um floral. Para se ter uma nova roupa masculina, precisamos de novos tecidos, mais pesquisa e ousadia têxtil também”.

De graça e ao ar livre…Motomix aposta no indie

No sabadón programa beeeemmmm simpático e de graça!!! O Motomix abandona seu lado noturno e investe em shows à tarde no Parque do Ibirapuera. Gostei! Já combinei com amigos de dar uma passada lá.


Ricardo Athayde avisa que este é um clipe não-oficial do Stop Play Moon

A aposta é no som mais indie com algumas bandas novas e outas já consagradas no circuito alternativo. O traço em comum é que todos os vocais são femininos com músicas cantadas em inglês. Tem a Stop Play Moon dos mais-que-queridos Geanine Marques, musa do Alexandre Herchcovitch, Paulo Bega, fotógrafo e maridón da Babu Bicudo, e o DJ e designer gráfico Ricardo Athayde. Completam o line up, escolhido por votação popular, o quinteto de Brasília, Nancy, com os vocais ótimos da Camila Zamith. De Campinas vem a Venus Volt, com os vocais mais agressivos da Trinity.

No line up internacional o grande destaque é a banda britânica Fujiya & Miyagi. Criada em 1999, a banda tem três discos bastante respeitados: “Remixes”, de 2003; “Electro Karaoke in the Negative Style”, de 2005; e o mais recente “Transparent Things”, lançado em 2006.

Show, show mesmo é que promete o coletivo The Go! Team faz uma mistura de hip hop+funk+rock e projeções de filmes trahes e videogames como Pac Man.

Mas quem pode roubar a cena é a fashionissima Emily Haines do Metric. É o que eu quero mais ver. Ela é ótima de palco, toca, canta, dança e tem aquela carinha linda e pertubada como convém a uma musa indie.

Então, a gente se vê lá no Parque do Ibirapuera, depois das 3 da tarde, né?