Nós temos amigos em comum, como o Fernando Tingod, produtor musical que se mudou para Londres e fez a trilha do seu último desfile, Gabriel Del Corso, que cuida do Happy Bazaar e do FWHouse. Tentamos nos encontrar na semana passada, para um almoço com a Raouda Assef, mas meus horários estavam complicados. Eis que no sábado, sem querer, a gente se viu no lançamento da revista Key.
“Oi, eu sou o Bruno!”
“Bruno Basso?“, perguntei.
“Você não é o Oliveros, amigo do Gabriel Del Corso e tem o blog Fora de Moda?“, respondeu.
Fiquei todo bobo de conhecer alguém que eu admiro e que lê o blog. Engatamos uma conversa e a empatia foi muito rápida. Eu tinha uma intuição que ele era bem humorado, até pelos desfiles que a Basso and Brooke apresenta. Nossa! Sim, além de rir muito, descobri que ele tem zero de afetação, apesar do sucesso da marca. “Se você reparar, Londres não tem carão. Alguém olha para você e está tudo certo. Você pode chegar lá e conversar sem problemas. São Paulo é diferente neste aspecto”.
Eu tinha assistido o desfile da dupla no SPFW em 2005. Um ano antes eles foram os vencedores do Fashion Fringe criado e dirigido pelo jornalista Colin McDowell. E o júri foi peso-pesado: Rosemary Bravo (CEO da Burberry), Alexandra Shulman (Editora da Vogue inglesa) e Hamish Bowles da Vogue America. Eles são representados pelo Aeffe Group que tem Alberta Ferretti, Moschino, Narciso Rodriguez, Jean Paul Gaultier.
Última coleção da Brooke and Basso dentro da vibe geométrica que teve até o piso Copacabana como motivo de estampa
“Nós temos esta coisa de bom humor nos desfiles. Mas quando vê as roupas nas araras nosso produto tem esta mistura de sexy e luxo. Trago isto do Brasil, a cor e o jeito como lidamos com o corpo. Os europeus não sabem lidar com cor tão bem como nós. O sexy acontece porque a brasileira é uma mulher linda e tem esse lado que é natural. Está na maneira de agir, de andar”.
E quem compra Basso and Brooke, perguntei. “Hoje as russas, que são lindas, são nossas melhores compradoras, assim como as árabes. Elas chegam no ateliê e compram muito. Olham e gostam das roupas e levam muitas peças. Nem perguntam o preço”.
Bruno Basso passou pouco tempo no Brasil, ele veio para só para tirar o título de eleitor. Aproveitou para gozar umas férias e sair muito. Adorou o D-Edge e disse que clube assim no mundo só o The End, em Londres. Lá, ele vai muito na segunda, na festa da DJ Xochitl, que também usa a marca. Foi na Loca, no Vegas e no clube Glória. Ficamos de nos encontrar no Hell´s, mas acho que ele jogou a toalha.
Falamos de moda em geral. E já nem me lembro como chegamos em Donatela Versace. “Fala-se muito na sucessão de Donatela. Como todo mundo sabe, sua filha Alegra não quer saber dos negócios da família. A Francesca Versace, só quer saber de acessórios. E olhe que ela tem coisas incríveis. A imprensa diz que vai ser o Cristopher Kane. Porém, ele é muito novo para assumir uma maison como a Versace“.
Nesta hora, disparei: “Vamos lançar uma campanha para a Basso and Brooke desenhar a marca”. Ele adorou a idéia. Afinal, não são eles os novos darlings do sexy&luxo???
31 março , 2008
Categorias: Aeffe Group, Basso and Brooke, Bruno Basso, Colin McDowell, Fashion Fringe . . Autor: Ricardo Oliveros . Comments: 10 Comentários