Enquanto isso, no Oscar…

Cheguei ontem bem podre da viagem ao SCMC. Uma mãe com seus dois filhos pequenos resolveu dar um violãozinho para cada um e a dupla sertaneja mirim atormentou todo o trajeto. O avião descia em Guarulhos e não em Congonhas, atrasou na saída e cheguei aqui em casa bem tarde.

Eu tinha que assistir a cerimômia de premiação para comentar o look de Nicole Kidman para a Revista Quem, que convidou vários blogueiros para isso. Você vai poder ver na quarta-feira o que eu achei do Balenciaga dela, ok?

De qualquer forma, bati a Ale Farah na aposta do melhor figurino! No post eu dizia:

“Concebido como uma continuação de Elizabeth, com a mesma rainha Cate Blanchet, Elizabeth: The Golden Age tem os figurinos deslumbrantes assinados novamente por Alexandra Byrne. Esta é a sua quarta indicação ao Oscar. Concorreu em 1997 por Hamlet, 1999 por Elizabeth, 2005 por Em Busca da Terra do Nunca. Quem sabe não chega sua hora?”

E não é que chegou???

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Foto de Alexandra Byrne é da Reuters

SCMC 11: Acharam que eu ia dormir???

O Marcio Garces, que veio cobrir o evento para o Cesar Giobbi, me convidou para conhecer a noite destas bandas, já que ele morou por aqui.

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Pena que o Warung estava fechado, mas do lado dele funciona o Kiwi, no mesmo estilo. O clube é todo de madeira, com arquitetura inspirada na Tailândia, todo aberto nas laterais, lindo mesmo. Ele fica na Praia Brava em Itajaí.

Noite de sábado, não é? Penkas de heteros lindos e fervidos na medida certa. Me acabei de dançar ao som do top-gato-DJ gaúcho Fabrício Peçanha, que eu já conhecia e o set dele de minimal estava ótimo. Resultado: saí de lá por volta das 5h30 e tinha passeio de barco às 10h da madrugada! E uma estrada de terra para voltar para Camboriú…

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Afe!

SCMC 10: Joana Frainer conta como foi seu processo no SCMC

Aproveitando que a Joana Frainer entrou aqui para fazer um comentário, já peguei ela para uma bate-bola. Nesta entrevista ela revela os detalhes de como o processo do SCMC colabora na sua formação, como se dá o envolvimento da empresa. Na verdade funciona como uma síntese de todos os que participaram do evento.

Vale a pena ler a entrevista, principalmente quando ela fala do trabalho coletivo que é um dos fundamentos da moda.

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Trabalho em equipe: Anai Figueiredo, Anke Piske, Fernanda Marangoni e Joana Frainer nos bastidores do SCMC


FORA DE MODA: O que significou para você a participação neste evento?
JOANA FRAINER:
Significou muito, creio que não só para mim, mas para todos que tiveram a mesma oportunidade. Acompanho o SCMC desde a primeira edição e desde lá venho me aperfeiçoando profissionalmente. Tive e continuo tendo oportunidades de fazer belas amizades, recebi várias propostas de empregos (três só ontem após o desfile imagine só, rsrs), de estar realizando um estágio na Renaux View que realizo com tanta paixão (esbarrei com a Renaux na palestra dos Irmãos Campana, oferecida pelo SCMC há um ano atrás), e de conhecer o processo de dessenvolvimento de uma coleção tanto dentro de fábrica quanto para a realização de um desfile. Tudo é muito emocionante e inesquecível, oportunidade única, eu diria. Me sinto honrada em ter participado. A equipe do SCMC é maravilhosa e apostam no potencial dos novos talentos de SC e isso é muito bom para todo mundo, não é?

FM: Como foi o processo criativo para desenvolver a coleção?
JF: Nós três (Anke, Fernanda e Joana) juntamente com a Maré Cheia e a UNIASSELVI apresentamos uma idéia para o Mario Queiroz, que acompanha todo o processo de dessenvolvimento da coleção e conforme cronograma do SCMC, através de reuniões mensais, discutiu-se até o seu aperfeiçoamento. Para nós, o desafio era apresentar na passarela a cultura de um povo primitivo, dos Maias em específico, sua força, sua densidade, sua magia cultural… Mas como??? Bom, acho que as sobreposições, volumes, de cores quentes e as brincadeiras com as estruturas têxteis traduziu bem o que queríamos passar… Nossa!!! Deu muito trabalho com o artesanal, mas o resultado foi melhor que o esperado….

FM: O Jason Bogo se mostrou bem empolgado com o lançamento. Como era a relação de vocês com o pessoal da Maré Cheia?

JF: Desde o início o Jaison era o mais empolgado srrs…. nós alunas estavamos com um certo receio em saber como seria a recepção da Maré Cheia, em aceitar o nosso trabalho, pois não se tratava de uma coleção comercial, o que era novidade para eles, principalmente para o Jaison. Era o nome e da empresa que estava em jogo. A Maré toda se empolgou, as equipes dos “Eu talhei”, “Eu ajudei”, “Eu costurei”…. srrsrs, foram maravilhosos e presentes. O “Eu me arrebentei” se arrebentou mesmo, a Anaí Fiqueiredo, estilista da empresa. Ela ficou conosco em cada minuto de trabalho, éramos uma equipe das boas, nos encontrávamos em horários surreais e trabalhávamos com empenho e entusiasmo e com muita diversão, na expectativa de que todo este trabalho manual desse certo. O resultado foi bom para todos nós, se construiu uma família durante estes meses de trabalho que será eterna… já estou com saudades!

OBS.: as frases como “Eu costurei” foram usadas em camisetas por todo o pessoal da Maré Cheia presente no evento

FM: Como você analisa seu curso e a relação com SCMC?
JF: O SCMC é a prática de toda a teoria que aprendemos em sala de aula, nos dois mundos da moda: o lado têxtil, de confecção, e o lado Fashion, das passarelas. Aprende-se tudo e mais um pouco, principalmente que sozinha não se faz absolutamente nada, o trabalho em equipe é prioridade no mundo da moda. Só aprendi e entendi realmente isto com este trabalho, e é exatamente o que os professores tentam mostrar para nós alunos durante os quatro anos de curso.